Saudade que dói na alma
que causa terremotos no Ser
que traz o mar aos olhos
que me lança na dor da solidão
nos abismos da alma
que dor é essa que não tem lugar físico
mas que toma todos os cantos do Ser
que dor é essa que dilacera, que agoniza, que mata
uma dor que não se mostra, ocultando seu percursso
sem mostrar o início, sem ter final
onde carrega consigo as lágrimas que não conseguem conter-se
insistindo em nascer na alma
descer dos olhos e morrer no coração
inundando-o
formando um lago que não cessa de crescer
e não deixa de formar ondas em cada sístole e diástole
um lago onde nunca fica tranquilo nem sereno
uma dor física-existencial-ontológica
que me mostra a crueza dos sentimentos mais vis
que humanidade desumana.
(escrito numa madrugada triste...)
Janaina Ismenia de Melo.
(foto tirada da internet)
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