sábado, 23 de abril de 2011




"Eu gostaria de te falar as palavras mais

profundas que tenho para ti; mas não me atrevo,
porque poderias rir de mim. Então eu me rio de mim mesmo
e diluo o meu segredo em brincadeiras.
Caçôo da minha dor, para que não caçoes tu...
Eu gostaria de te dizer as palavras mais verdadeiras
que tenho para ti; mas não me atrevo,
porque poderias não me acreditar.
Então eu as disfarço em mentiras,
dizendo o contrário do que eu gostaria.
Torno absurda a minha dor,
para que não o faças tu...
Eu gostaria de usar as palavras mais preciosas
que tenho para ti; mas não me atrevo,
porque poderias me pagar com palavras de igual valor.
Então eu te falo com rudeza e
caçôo de ti com a minha força endurecida.
Eu te maltrato, para que jamais conheças a minha dor...
Eu gostaria de sentar-me ao teu lado, em silêncio;
mas não me atrevo, para que o meu
coração não me saia pela boca.
Então eu fico tagarelando e brincando,
escondendo o meu coração por trás das palavras.
Controlo duramente a minha dor;
para que não a controles tu..."
Eu gostaria de sair do teu lado; mas não me atrevo,
pois temo que assim ficarias conhecendo minha covardia.
Então eu levanto a cabeça e chego distraído a tua presença.
E tu, com os insistentes golpes dos teus olhos ,
sempre renovas a minha dor..."

TAGORE
(foto tirada da internet)

INTERVALO AMOROSO!!!



O que fazer entre um orgasmo e outro,
quando se abre um intervalo
sem teu corpo?
Onde estou, quando não estou
no teu gozo incluído?
Sou todo exílio?
Que imperfeita forma de ser é essa
quando de ti sou apartado?
Que neutra forma toco
quando não toco teus seios, coxas
e não recolho
o sopro da vida de tua boca?
O que fazer entre um poema e outro
olhando a cama, a folha fria?
É como se entre um dia e outro
houvesse o vago-dia, cinza,
vida igual a morte, amortecida.
O poema, avulso gesto de amor,
é vão recobrimento de espaços.
O poema é dúbia forma de enlaces,
substitui o pênis
pelo lápis - e é lapso.


Afonso Romano de Santana
(foto tirada da internet)

Pinto no céu um quadro vivo de tua beleza
 que mostra tua felicidade
com o brilho das estrelas
e tua tristeza como chuva de lágrimas
que caem do céu
como pranto de dor
que purifica tudo ao redor
O amor vivifica nossa vida e nos faz vibrar de felicidade

Janaina melo.
(fotos tiradas da internet) 




Viver é uma viagem insólita e sem seguro nem certezas, tudo é vivido e construído dia-a-dia, a cada momento vivido, perseguido, criado, imaginado, vivenciado, é imperativo que seja bom, venturoso, não pode ser monótono nem tedioso, a todo momento fazemos escolhas e temos ações que mudam vidas e criam histórias, e tudo muda o tempo todo, a vida é um fio muito delicada, dinâmica o tempo todo, tudo é devir e movimento, e temos que cativar um lugarzinho especial dentro de nós mesmos para ser nosso oásis de refazimento e meditação, um lugar secreto, só nosso, onde podemos descansar e nos refazer das dores vividas.
JANAINA ISMENIA DE MELO.
(fotos tiradas da internet)

"Tenta te orientar pelo calendário das flores, esquece, por um momento, os números, a semana, o dia do teu nascimento. Se conseguires ser leve, aproveita, enche tuas malas de sonho e toma carona no vento."



 Fernando Campanela


Preciso do teu silêncio cúmplice
sobre minhas falhas.
Não fale.
Um sopro, a menor vogal
pode me desamparar.
E se eu abrir a boca
minha alma vai rachar.
O silêncio, aprendo,
pode construir.
É um modo
denso/tenso - de coexistir.
Calar, às vezes,
é fina forma de amar.

Affonso Romano de Sant'Anna
(foto tirada da internet)

SEGREDOS DE POEIRA...



Segredos de poeira
soprados pelo vento no deserto
Poeiras de pensamentos
cinzentos de ruínas
Ruínas de palácios reais
do passado remoto
Cheio de segredos
em poeiras espalhados
Vidas e histórias secretas
que se perderam no tempo
em segredos de poeira ao vento
Segredos de nós dois
que sopro pela brisa até chegar a ti
Segredos de saudades
Segredos de desejos secretos
de nós dois
Que chegam a ti pela brisa
 e sussurram aos teus sentidos
e te arrepia a pele
e te arrancam lágrimas de saudades
de nossa cumplicidade
que está adormecida no tempo
Esperando você voltar
Como anjo querubim que és
e restaurar os segredos
de poeira espalhados
que reuniremos
como dança de serpentes
brilhantes de rubis vermelhos
da cor do desejo
desejo de ti
da tua boca na minha
teu corpo no meu
de nossas vidas unidas em plena harmonia!!!

JANAINA ISMENIA DE MELO.
(fotos tiradas da internet)


TELAS DE PARTIDA...



 

Eu pintora de pensamentos
pinto beijos em tua boca
que se desmancham ao vento
Eu pintora de pensamentos
pinto o infinito de teu olhar
que se desvanece no ar
como telas de partida
partida ao meio em crise de saudades, solidão, de dor, de lágrimas
telas de partida pintada com tinta fresca de sentimentos
com as cores fortes que compõem o amor multicolorido dos meus sonhos de estar contigo a todo momento
Eu pintora de pensamentos
pinto danças diáfanas com sedas ao vento
em movimentos de beleza e sensualidade para te encher de desejo...
eu pintora de pensamentos
pinto anjos numa dança suave para receber meu Querubim
eu pintora de pensamentos
pinto em telas de partida à revelia
que partem em busca do meu querubim
que está longe mas vai voltar pra mim
e como pintora de pensamentos
pintarei um momento feliz com meu querubim e meus serafins numa festa divina de felicidade plena!!!!

JANAINA ISMENIA DE MELO.
(fotos tiradas da internet)


Quero rodopiar de braços abertos
e cair em teus braços

Sorver o mel dos lábios teus
e mergulhar em teu perfume de brisa
Inebriar-me na beleza misteriosa do teu olhar
Que me diz tanto numa linguagem oculta de amar
Quero teu abraço para descansar sem medo
Quero teus beijos como vulcões em chamas
Pelos caminhos incontáveis do desejo
Quero teus dons de querubim para estar junto a ti
não importa a distância, não importa o real
Quero dormir nos braços teus ouvindo a melodia suave do seu coração.


JANAINA ISMENIA DE MELO.
(fotos tiradas da internet)

domingo, 3 de abril de 2011

NUDEZ DE TODO SENTIMENTO!!!



PRECISO REFUGIAR-ME NO SILÊNCIO

PRECISO DA QUIETUDE DO MEU SER
PRECISO MERGULHAR NO OCEANO DE MEU SER
ENCONTRAR AS FRESTAS
VER AS FENDAS
CONFERIR AS LACUNAS
AS FISSURAS
AS FERIDAS
DAR DE CARA COM AS DORES
ENCONTRAR O INACABADO
O MAL FEITO
O ABANDONADO
AQUILO QUE FOI DEMAIS, INSUPORTÁVEL
NÃO QUERO PALAVRAS
O SILÊNCIO É FUNDAMENTAL
O SILÊNCIO DIZ MUITO
O SILÊNCIO CHEGA AONDE AS PALAVRAS NÃO ALCANÇAM
E FAZ EMERGIR O NÃO-DITO, MAS VIVIDO INTENSAMENTE
MOSTRANDO AS MARCAS SULCADAS DA DOR
NÃO QUERO O ECO DAS FALSAS PALAVRAS
NÃO QUERO O FEITIÇO DAS PALAVRAS ILUSÓRIAS
QUERO A VERDADE CRUA
QUERO A NUDEZ DE TODO SENTIMENTO
VIVENCIAR ESSA FALTA INERENE AO SER HUMANO QUE NOS CONSTITUI E QUE NOS DEIXA ABISMADO DIANTE DE NÓS MESMOS
QUERO O IMPOSSÍVEL...
SERÁ QUE ENLOUQUECI???


JANAINA ISMENIA DE MELO.
(imagem tirada da internet)

sábado, 2 de abril de 2011

SEGUNDA PELE...


Enviarei pensamentos-luz em direção a você

E quando te tocar sentirás como carinhos no Ser
Uma onda de energia percorrer todo seu ser
com mensagens ocultas de prazer
Vou me impregnar na paisagem do teu corpo
como segunda pele
Sentindo teu sentir
Me misturando a ti
Vai ser como despertar em manhãs ternas de sol agreste
Tocar o ceu estrelado
Ouvir a sinfonia celeste
Me refugiarei dentro de ti para nunca mais sair
Me perder nos labirintos do teu ser
Vivenciando todos teus sonhos impossíveis
Teus desejos secretos
Tuas aspirações infinitas
Tuas dores e alegrias
Tudo em ti...


JANAINA ISMENIA DE MELO.
(imagem tirada da internet)

Amor – linha fina da dor

Linha que perpassa corações e vidas
Vai dando nó
Apertando a carne fria da dor
Amor – linha fina da dor
Remenda o despedaçado
Alinhava o rasgo da dor
Dá nó cego no amor
Amor – linha fina do dor
Linha frágil e sutil
Linha que é a trama da vida de cada ser
Pode ser linha fina, pode virar novelo emaranhado
pode ligar dois corações como ponte do amor
O amor sempre está presente em cada ser
seja como linha
como fonte
como tocha
como mar
como torrente
como filete
seja de que forma for
mas se não está presente na vida é morte em vida
é deserto-solidão, é secar definhando de dor.


JANAINA ISMENIA DE MELO.
(imagem tirada da internet)

Sentimentos escritos no olhar

que brilham e falam sem falar
não dá para apagar o que está gravado no coração e na lembrança
mesmo quando a tristeza inunda o olhar
é bom olhar pra trás e reviver momentos inesquecíveis, risos inconfundíveis, afagos e afetos, brigas e reconciliação
tudo é bom, mesmo sendo ruim no momento
tudo é motivo de crescimento, movimentos do ser para amadurecer
como dói crescer
mas é apaixonante o incessante crescimento humano
misterioso ser inteiro
gestado na dor, no prazer, na alegria e tristeza
paradoxos sem sínteses
é incrível como o universo psíquico me apaixona e me intriga
como é bom mergulhar nesse misterioso universo infinito
de infinitas nuances
de infinitos abrigos...


JANAINA ISMENIA DE MELO.
(imagem tirada da internet)

Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio

ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Pablo Neruda
(imagem tirada da internet)

Minha alma tem o peso da luz.
Tem o peso da música.
Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita.
Tem o peso de uma lembrança.
Tem o peso de uma saudade.
Tem o peso de um olhar.
Pesa como pesa uma ausência.
E a lágrima que não se chorou.
Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.



Clarice Lispector

TEMPO DE FLORESCER!!!!


Abandonar o passado

tirar de si a pele encralacrada das lembranças
abandonar as roupas usadas que já não servem mais, nem suas lembranças
Despir-se do sempre mesmo
explodir caminhos que sempre levam para os mesmos lugares conhecidos e cansativos
É tempo de travessia
negar-se ficar à margem de si mesmo
Com as mesmas velhas desculpas esfarrapadas acomodando sofrimento impedindo o crescimento
É tempo de ousar
É tempo de abrir-se ao novo
É tempo de permitir desvendar mistérios
É tempo de florescer
Chega de inverno rigoroso e frio na sutilza do sentir
O frio intenso congela o sentir, danifica o ser
É tempo de primavera – de flores e perfumes
Pétalas de amores
Cheiros de sorrisos
Brisas de frescor
É tempo de permitir-se ser feliz.


JANAINA ISMENIA DE MELO.
(imagem tirada da internet)